terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Cultura administrada como está sendo, nunca vai ser importante


Há tempos tenho vontade de expressar uma opinião sobre um assunto que realmente  me incomoda e não vejo sentido algum da maneira que é feita. Muitas vezes, alias na maioria das vezes os cargos administrativos e executivos do Estado são políticos e não técnicos. Vou ficar preso apenas na minha área profissional, justamente para não me meter onde não devo. Antes de mais nada, deixo claro que não tenho nada pessoal absolutamente com nenhum Secretário tanto na esfera municipal quanto estadual e o mesmo com Ministro de Estado.
Não acredito que o Estado deva apenas proporcionar de maneira gratuita cultura para o povo, mas também facilitar aos investidores do setor, não apenas de forma financeira, mas com formação profissional e recursos técnicos. Os músicos, escritores, atores e demais artistas são geradores de cultura, logo são fonte de cultura e não possuem necessariamente o conhecimento específico para promover a sua e demais culturas para a sociedade. Essa função está diretamente relacionada ao promotor de eventos e produtor cultural, empresários que com conhecimento técnico e administrativo elaboram eventos dos mais variados formatos e tamanho.
Quando falo que não tenho nada pessoal com ninguém é por que a minha crítica está exatamente nesse tema, as cadeiras do poder, relacionadas a cultura não podem ser de geradores de cultura e sim de promotores de cultura. No modelo atual, podemos voltar até um passado distante e vamos enxergar pessoas ocupando esses cargos que nada entendem de grandes projetos de produção cultural, obvio que não estou falando de suas capacidades criativas, mas sim questionando a experiência nos mais variados tipos de eventos culturais. Ser escritor, ser músico ou fazer qualquer outro tipo de arte, não credencia a pessoa a ser um administrador e executivo de cultura. Esse modelo é péssimo. Isso é mais ou menos colocar uma pessoa que viajou muito durante sua vida como Secretário do Turismo.
Sinceramente, como as coisas estão, a cultura em nosso País, Estado e  Município, nunca vai passar de “Amostras” e jamais vai ser um “Grande acontecimento.” Pense. Reflita.

2 comentários:

  1. É igual a pensar que alguém com muito talento fotográfico, um olhar diferenciado, algo natural, que não se explica, enfim, sensível, possa vir a cobrar por uma cobertura de formatura, casamento igual a um profissional com formação e anos de experiência. É diferente se ter um talento e usufruir profissionalmente disso. É preciso deixar claro no Brasil que talento é sim completamente diferente de conhecimento técnico e qualificação. Mas quando falamos em cultura, há algumas coisas que me questiono:
    - a maioria dos que querem/exigem/brigam/defendem a tal da meia entrada, são estudantes da UFRGS de "berço" que nem precisariam desse desconto.
    - muita gente reclamou do som no show do Clapton , mas ninguém pensou nisso quando viu o ingresso quase de graça no Groupon
    - Criou-se um hábito de 'TODOS SER VIP'. Ninguém quer pagar por nada, querem td liberado ou de graça. Quem é convidado de verdade às vezes até se constrange.
    - O apoio continua só existindo quando se fala em futebol e carnaval. O resto é resto, vá atrás e boa sorte. TÁ ERRADO isso dae.
    Enfim, ficaria parágrafos citando coisas relacionadas a área cultural, mas não estamos aqui pra isso não é mesmo?
    Abraço! O blog ta fera!

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