quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pena, nossos "mendigos" não falam inglês...


Não existe a menor possibilidade de alguém falar que o projeto internacional “Playing For Change” é ruim. Muito pelo contrário, um belo projeto de inclusão social através da música, assim como vários que existem no Brasil, sem diferença alguma, a não ser quem consome esse tipo de iniciativa.
Mesmo? Sim, a impressão que temos quando uma cidade abre espaço para o projeto “gringo” é que os consumidores de cultura da nossa cidade possuem cabeça aberta e são adeptos a cultura de integração global e de inclusão. Mentira, balela e atitude para inglês ver. Claro que estou falando de uma maioria e não da totalidade. Eu duvido que mais de 10% das pessoas que foram ver os shows do “Playing for Change” no Brasil, pagassem ingresso para ver, por exemplo, o show dos Meninos da Lata, da organização Arte na Lata.
Mas qual a diferença? Pra mim nenhuma, eu de fato não iria em nenhum deles, mas o que realmente falta é um pouco de coerência nas coisas. Digo isso porque o grande motivo e exaltação ao projeto de fora é exatamente porque os músicos são pessoas carentes, com necessidades e tem a música de rua a única fonte para se manter através de doações. Igual aos projetos do Brasil, mas os nossos “mendigos” não falam inglês, e isso é muito importante para quem consome “cultura”. Pense. Reflita.
Para conhecer mais sobre os dois belos projetos clique:

Obs: Existem outros projetos tão importantes quanto o "Arte na Lata"no Brasil, usei esse exemplo apenas para ilustrar.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pague para ver um show, mas por lei você é obrigado a assistir dois.


Parei para escutar o depoimento do Lobão sobre o festival de música Lollapalloza. Gosto sempre das posições do Lobão, mesmo neste caso discordando de algumas coisas, mas como tudo, quando colocado de forma inteligente devemos ao menos escutar ou ler para refletir.
Primeiro que é utópico dizer que os produtores do país de shows e festivais de grande porte, estão preocupados com a cultura. Mentira. Nenhum deles está, sinceramente a relação que está em jogo é: atração x interesse do público x receita de bilheteria. Eles estão errados? Obvio que não. É um negócio e ninguém faz qualquer negociação para perder dinheiro. O erro é achar que esse eventos são feitos pensando romanticamente em cultura. As atrações nacionais muitas vezes são de fato para preencher espaço para dar algo mais para o público. Coisas do negócio, acredito que as bandas que estão começando entendem esses espaços como oportunidades.
Existe ainda a imposição de algumas leis. Pois é, somos um país democrático que ainda existem imposições à sociedade privada que normalmente geram custos sem contrapartida alguma. Essas leis que obrigam o produtor a colocar um artista local quando é feito um show internacional é um atentado ao dinheiro alheio e um desrespeito com o público. O público paga para ver um determinado artista, mas o governo determina que é necessário dar uma “oportunidade” aos artistas locais, isso sempre vai gerar um custo técnico, já que o artista principal não tem a mínima obrigação de dividir seu equipamento. Por esses motivos que muitas vezes o artista nacional é colocado em determinados horários. Pense. Reflita.

Segue o vídeo do Lobão:


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Existem mais dúvidas nos Ministérios do Brasil


Por uma questão profissional, não posso deixar nunca de observar as movimentações que a Cultura Nacional faz com o dinheiro público. Sempre disse que existe uma grande falta de coerência nos incentivos fiscais em prol da “cultura”. As Leis de Incentivo tornaram-se verbas fiscais dentro de muitas empresas, acabando com as verbas de marketing, além disso, muitas empresas privadas de produção cultural utilizam esses benefícios para ampliar suas receitas e não para facilitar os projetos. Ampliar? Sim, ampliar, pois além do incentivo legal manipulam orçamentos para ter as receitas de venda de ingresso dentro de seus cofres. Enfim, estou falando isso há horas, alguns deputados tanto federais quanto estaduais estão sabendo disso. Sempre dou um jeito das manifestações chegarem até eles.
De fato alguma coisa está mudando, mesmo que muito devagar, as denúncias vem  fazendo com que as garras ferozes de alguns produtores sejam aparadas, porém está surgindo na mesma forma e por outra via, alguns projetos estranhos. Antes dos projetos estranhos, existem alguns produtores que vem fazendo um belo trabalho independente e as claras, fazendo um excelente intercâmbio musical entre os estados e até entre os países da América do Sul, levando a música independente que muitas vezes está ainda muito longe de tocar nas grandes redes de rádio, à um público carente de coisas novas. Posso dar nomes a esses sérios produtores: Senhor F, com o “El Mapa de Todos”e suas “noites” em Porto Alegre e o Rei Magro com suas “maluquices” nas segundas. No mais, fica um tanto difícil achar outros. Em compensação está cada vez mais crescente produtoras privadas que estão sendo bancadas com o dinheiro público. Como? Não sabemos, elas surgem já surgem grandes e com sede em várias capitais do país. Como assim? E aquelas produtoras que estão ao longo do tempo batalhando um lugar no mercado? Passaram desapercebidas? Não acredito! Eu acredito sim é na maracutaia que como em tudo nesse país se faz presente, quando as verbas são públicas, por que não na cultura, já que é um assunto tão distante dos grandes interesses sociais? Fica mais fácil roubar, pois o destaque da grande imprensa, normalmente é na agricultura, na fazenda, nos transportes... Atenção senhores, muita atenção. Tem mais ladrão espalhados por outros Ministérios do Brasil.

Abaixo um excelente texto do Fernando Rosa:

Não centralizar a descentralização!

* Fernando Rosa

A crítica do China ao “Fora do Eixo” traz à tona um tema que fervilha nas rodas independentes nacionais. A bem da verdade, não se trata de um assunto tão atual assim, inclusive já objeto de textos anteriores e acalorados debates. O centro da questão é sempre, sintetizando, o “cachê” que não é, ou não seria pago, pelos produtores independentes, ou, no caso, os ligados ao FdE.

Isso é apenas a superfície do problema, que é muito mais amplo e profundo do que aparenta nesses debates travados via “posts” e comentários. Sou produtor, tenho selo, edito um portal, faço curadoria e não me acho capaz de ter uma “opinião formada sobre tudo”. Por isso, é difícil sentir-se à vontade de entrar no debate quando o tom é a crítica frontal, do “errado” e do “certo”, num tom reducionista.

Em primeiro lugar, é preciso entender que vivemos uma época contraditória, com mudanças de paradigmas de produção, distribuição e consumo de música. Isso provoca profundas mudanças estruturais no “sistema/mercado” e, em decorrência, a disputa de avaliação sobre a realidade, causas e conseqüências. Os defensores das estruturas em superação se apegam ao passado, os que advogam o novo saudavelmente chutam o balde.

O que acredito seja principal nesse momento é ter maturidade para enfrentar uma discussão aberta, franca, honesta sobre todas as questões. Sejam os produtores ligados ao FdE, a Abrafin, ou independentes de qualquer estrutura, todos foram responsáveis por impedir que a falência de um sistema sufocasse a produção musical nacional. É importante também destacar o papel do Estado que, nesse período recente, aliou-se aos “mais fracos” para fortalecer a construção de um novo cenário, e também de diversas casas de shows que abriram suas portas para as novas produções.

Abrir um debate desqualificado neste momento é desprezar o profundo acúmulo histórico que artistas, produtores e gestores públicos conquistaram nos últimos anos no país. Na esteira de festivais históricos como o Abril Pro Rock, Porão do Rock e Goiânia Noise, e facilitados pelas novas redes sociais, centenas de outros festivais e iniciativas culturais surgiram em todo o Brasil. Como somos um país gigantesco, as formas de organização, as diferenças regionais, os tipos de festival, as condições de produção, não podem seguir um padrão.

Nós realizamos um festival “exemplar”, como definiram a última edição, o El Mapa de Todos, com pagamento de cachês, passagens aéreas, hotel e alimentação, mas nem por isso acho que isso deva ser regra geral. Ao mesmo tempo, organizamos a Noite Senhor F, em Porto Alegre, na qual trabalhamos com participação na bilheteria, sem cachês fixos. No primeiro caso, fruto do nosso trabalho cultural e qualificação, um patrocínio sustenta a nossa ação, mas no dia-a-dia enfrentamos um cenário de “construção de público”, por diversas razões, resistente ao novo.

Não existe, portanto, nenhuma fórmula hegemônica, nenhum pensamento superior, capaz de pautar formas de organização, ou de determinar algum tipo de caminho para o movimento em curso. Ao contrário, as porteiras estão abertas para qualquer um buscar alternativas para a sua banda, seu festival, seu projeto coletivo ou particular. É preciso não centralizar a descentralização, apenas se colocar no jogo de forma honesta, sincera, sem truques mercadológicos ou disfarces ideológicos.

O “sonho pop americano” acabou, a internet promoveu uma revolução nas relações de produção em geral, inclusive da música, mas nem tudo está resolvido, ao contrário. Os artistas precisam circular, ter espaços para mostrar sua música, mas também precisamos construir formas de remuneração concreta para viabilizar as carreiras. Isso não se limita a cobrar “cachês” de quem quer seja, mas exige postura auto-gestionária dos artistas, democratização dos meios de comunicação e maior incentivo público à cultura, especialmente na formação de público.

A meu ver, para encerrar, além dos temas relacionados com a circulação e a remuneração, acredito que seria também interessante ampliar o debate para a qualidade da produção musical nacional. Muitos são os críticos ou defensores das “estruturas”, mas poucos questionam a qualidade estética e cultural do que se produz atualmente. O Brasil tem espaço para todos que buscam construir novas pontes ‘rumo ao futuro’, sem ranços ideológicos, discursos hegemonistas ou acomodação “artística”.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Está oficializada a extorsão. Detalhe: Pelo próprio governo.


Eu devo estar ficando louco. A primeira notícia que leio hoje pela manhã é que a Brigada Militar e a Prefeitura de Porto Alegre em uma grande idéia, merecedora de algum prêmio de criatividade vão autorizar flanelinhas credenciados à emitir recibo. E não estou entendo mais nada.
Mas além na matéria um oficial da Brigada declara que: “o recibo será mais útil para o motorista, que saberá quem está cuidando do carro.” Como assim, saber quem está cuidando do carro? Quem deve cuidar do carro é exatamente a corporação do oficial que deu essa declaração ou ainda a guarda municipal que só serve para cuidar de árvore e parquinho infantil! Ainda na matéria, está escrito que não é obrigado a dar dinheiro tampouco estipular algum valor. A pergunta próxima é: eu posso não dar nada e igualmente receber um recibo? Claro, assim posso saber de quem cobrar o meu carro arranhado. Certo?
Absurdo! Não existe nenhuma explicação que possa vir após as críticas que justifique este ato onde a extorsão é oficializada pelo próprio governo, além disso fica claro, após a declaração do militar, a transferência de responsabilidades. Pense. Reflita.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Cidade Baixa continua abandonada pelo Prefeito e Governador.


E o prefeito de Porto Alegre, continua não dando atenção devida à CIdade Baixa. Vamos partir do princípio que todos os locais de entretenimento da Cidade Baixa estão pagando seus impostos corretamente (acho difícil), além disso toda a população do bairro está com seu IPTU e demais taxas também em dia, temos assim uma bela arrecadação municipal. Porém, cada vez mais, esse lucrativo bairro está jogado e seus frequentadores, claro que uma minoria, fazem o que querem nas ruas, além disso muitos “empresários” também fazem o que acham certo. Será que todos os lugares têm saída de emergência, sistema de proteção contra incêndio, espaço externo para fumantes, banheiro e rampa de acesso para deficiente físico? Claro que não.
Voltando ao comportamento de algumas pessoas, as reclamações quanto ao cheiro de urina nas ruas é cada vez maior. Se não existe uma fiscalização, é necessário no mínimo uma limpeza mais eficaz todas as manhãs nos finais de semana. Mas nada disso acontece. Não precisa. Ainda não estamos em campanha, não é seu Fortunati? Alias, será que com boa vontade, não daria para fazer um acordo operacional com a Brigada Militar para colocar de fato os guardas municipais no trabalho? Eles seriam importantes, ao menos uma vez, em ajudar um patrulhamento monitorado pela força militar do Estado. Mas isso tudo é trabalho demais, deve cansar pegar um telefone e marcar uma reunião.
Mas para não ficar atacando o Prefeito Fino, vamos falar de segurança pública neste mesmo bairro. Pois é, ontem foi a vez do Pedrini na Venâncio Aires, qualquer dia uma dessas investidas vai acabar em morte. Acho estranho que a impressão que fica que o policiamento tem um horário paralelo e desconectado com o público que “consome” noite e madrugada. Pois é, é tudo muito difícil e complicado, ao menos quero acreditar. Mas é difícil. Pense. Reflita.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ufa! Ainda bem que apareceu a ciclovia para desviar a atenção!


Sinceramente eu não entendo algumas coisas na política. Que tudo faz parte de um jogo de interesse e como consequência eleitoral é obvio. Mas os destaques que as coisas recebem é diferente. Querem entender? Explico. O questionamento por parte do secretário Beto Albuquerque é legítimo, alias, todo cidadão tem esse direito de questionar qualquer obra e como ela está sendo feita, mas tão ou mais eleitoreira que os questionamentos, são as posturas dos governantes quanto à esses questionamentos. Iniciar uma obra de tamanha importância como essa ciclovia, em véspera de eleição, colocar palavras na boca dos adversários políticos, dirigindo a opinião sobre esta obra é muito mais do que uma manobra, diria que é um desespero e falta de conteúdo. Um prefeito que precisa de uma obra importante como uma ciclovia para mostrar sua bela administração nas vésperas da eleição mostra o quanto é fraco e está sentindo a pressão de uma pré-candidatura que vem do lado oposto e com vontade de passar por cima. Sempre pensei uma coisa quanto a reeleição: se o candidato a reeleição se preocupa com ataques e necessita da imprensa para dar explicações, além disso precisa em sinal de desespero ficar falando o tempo todo que são manobras eleitoreiras é porque ele de fato é muito ruim, como por exemplo nosso prefeito.
Minhas indagações são também aos fatos ocorridos que não recebem uma devida atenção. Quando José Fortunati em um discurso inflamado, digno à um candidato ao trono de Edir Macedo, em frente ao Palácio Piratini, disse que nossa cidade é de Cristo e passou a chave da cidade para seus fiéis, o destaque foi pequeno. Quando um secretário de seu governo transportou religiosos em um transporte da Prefeitura para fora da cidade para um evento religioso, o destaque foi pequeno. Mas afirmo, tudo isso além de eleitoreiro é um crime que fere a constituição, pois nosso Estado é Laico e deve agradar “Gregos e Troianos”. Interessante que uma vez, eu encaminhei um anteprojeto para o prefeito com o objetivo de ajudar resolver as questões dos despachos nas ruas, que acho horrível, mas é importante solucionar de uma forma à não ferir os cultos afros, não recebi sequer um “recebido”. Hoje fica claro o motivo, é melhor manter assim, pois a sociedade vai ficar contra as pessoas que sujam as ruas e se resolver o problema, os praticantes de cultos africanos passam desapercebidos e não são atacados.
Pois é, me parece que a o prefeito está preocupado. Acho que já está levando em consideração o fato de perder a eleição, mesmo estando no comando da máquina. Talvez esse esteja sendo o espelho mostrando à seus olhos como ele é fraco administrativamente. Mais uma vez comento: Em vésperas de Copa do Mundo, precisar de uma polêmica em torno de uma ciclovia? Faça-me um favor! 
Pense. Reflita.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dadeus Grings, um representante da Inquisição tenta agredir a sociedade


Bem feito. O velho comportamento medieval da Igreja Católica sempre tentando desafiar a inteligência humana. Desta fez o cidadão Dadeus Grings, após se meter em uma ação administrativa de uma prefeitura do  interior de São Paulo, agrediu moralmente uma das partes. Foi processado e perdeu. Até aí tudo certo, até porque ele é apenas um cidadão comum como todos nós. De carne e osso.
Após a sentença ele fez declarações bombásticas, dignas de um intocável representante de deus na terra. Dirigindo ao judiciário declarações fortes, afirmando que de dentro do sistema judiciário partem as grandes corrupções da Nação. Eu como cidadão quero que esse inquisitor pós-moderno seja processado mais uma vez, principalmente pelo comportamento arrogante de suas manifestações públicas. Esse senhor tem a obrigação de entender que o meu país é laico e não tem que se dobrar as tentativas de ataque de nenhuma religião, muito menos da religião que mais matou no mundo até hoje. Falta de respeito, um sem moral qualificado pelo seu conteúdo intelectual deveria ao menos saber dobrar sua crista diante do Poder Judiciário do país.
A Ordem dos Advogados do Brasil, juntamente com outras associações ligadas a esse poder deveria impetrar mais uma ação contra esse cidadão que é o arcebispo de Porto Alegre.
Pense. Reflita.

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