sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Adeus anos velhos!!!!


2011. O que falar sobre 2011? Pois bem, em uma, quase, obrigação cyber-cultural contemporânea que nos determina enviar recados por e-mail, deixar textos nas “time lines” das redes socias, não vou ser o diferente e vou refletir e registrar, assim como quase toda a população informatizada do mundo. Sabem que na realidade isso é um bom; meio pasteurizado e massificado, mas de certa forma faz com que as pessoas pensem mais (algumas nem tanto), escrevam mais e por consequência acredito que estão lendo mais. Tenho certeza que pelo advento das redes, pessoas que deveriam ler uma linha por mês, agora, ao menos exercitam seu português, enfim, não é momento para esse tipo de crítica.
Mas preciso dar um pulinho no final de 2010: Tive um ano de extremos e de amplitudes culturais gigantescas. Aprendi muito, inclusive que existem pessoas que se assustam com o aprendizado, mesmo a oportunidade invadindo a vida e penetrando em como um ensaio de osmose. Pulam fora, correm e precisam voltar ao seu mundo. Concluo que na realidade esse negócio de dar oportunidade pode resultar em uma grande decepção. Foi um ano que fui fundo, mergulhei e graças as forças do destino consegui voltar para a minha margem, minha vida. Foi um ano que experimentei e desafiei. Antes que algum estúpido pense merda, digo: não estou falando de drogas, não das  ilícitas, ao menos. Aqui abro parênteses, na vida as drogas de convivência e lícitas podem fazer mais mal que as não permitidas.
Foco Rodrigo, foco! Pelos movimentos de 2010 em todas as esferas, 2011 foi um ano pra mim medíocre materialmente e péssimo! Porém um ano que eu amadureci bastante. Ainda me permito reflexões de outros anos: A cultura é um grande problema, mas o que seria do preto se não fosse o branco. Do silêncio de não fosse o barulho. Acredito que o grande segredo é entender exatamente isso.  E aprendi que para crescer precisamos de alguém igual, forte e que rebata nossas idéias com conteúdo e não apenas por ser medíocre.
Dia desses me deparei com um conceito, excluíndo a rebeldia por ela só, muito interessante. O Lobão diz que o conflito é necessário, pois conflitos geram faíscas e faíscas iniciam o fogo e fogo é vida. Que coisa isso! Muito profundo para o meu momento de vida. Acredito que o pagãs que lêem o texto e conhecem minha esposa, vão entender muito mais fácil. Mas, explico de forma sucinta, o elemento base da minha esposa é o fogo. Eu deixei um 2010 de conflitos, iniciei um 2011 com faíscas e acabei Janeiro desse ano no fogo. Ufa! Que bom ter a minha vida de volta. Com tudo isso 2011 foi um ano de resgate espiritual, emocional e cultural. Um ano de crescimento, já que os 2 últimos eu só faltei, andar pelas ruas de costas. Agora posso respirar novamente e enxergar luzes no final do túnel! Será que esse final do túnel é um 2012 que se apresenta iluminado? Não sei! Acredito que sim.
Acredite também que a luz no final do túnel é o início de um novo tempo, ano e era.
Feliz 2012!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Feliz Natal, do meu jeito e com as minhas crenças.

Eu já fui muito mais radical com as festas de final de ano. Porém passei a entender que devo ao menos explicar para pessoas no que acredito. Replico um belo texto e peço que antes de me desejarem "Feliz Natal", ao menos leiam e entendam no que acredito.




Pessoas Lindas Pagãs ou não...
É Natal dizem os Cristãos,
mas quem nasceu dia 25 de dezembro?

Bom... Vamos do início, a origem do Natal é pagã. Este é mais um dos festivais da Antiga Fé que foram Cristianizados pela Igreja em uma tentativa de expandir sua fé.
Pela historia da evolução religiosa da humanidade, encontramos vários Deuses nascidos no solstício de inverno, vamos juntos nesta viagem, começando por um poema meu ...



Dança da vida
Recordo hoje... a primeira vez que gerei... Eu era Gaia, o
Grande Espírito, vinda através do caos para gerar o princípio.
Após meditar no meu vazio, resolvi te gerar... Nasceste Urano, o
céu, e celebramos o Mistério da Iniciação.
Então, eu quis te tocar... quis a vida e, em minha
capacidade fecunda, me fiz a Terra... Depois, te gerei a vida
sobre mim.
E fomos, desde então, a dualidade sagrada... A terra e o
mato, o sol e a lua, a fêmea e o macho.
Durante séculos, geramos as faces de nossas existência.
Cultivamos e abençoamos cada dualidade e sua união sagrada,
perpetuamos a trindade divina.
Fomos Isis, Osíris e Horus... Maya, Zeus e Hermes...
Bona Dea, Júpiter e Mercúrio... E também fomos nossos
próprios filhos, Perséfone, Apolo, Atenas, Lugh...
O tempo passou e, também nele, nós estávamos...
Mesmo quando fomos negados por nossa criação,
permanecemos... Eu rainha dos céus, portadora do Cálice
Sagrado, e tu meu filho e semeador de minha terra...
Dentro de teus templos, fui a Abelha fecunda de tua
iniciação. Sempre em busca do equilíbrio, nos fazemos
presentes em tudo que geramos, um à espera do outro, um
buscando o outro, um nutrindo o outro. Completando o
mistério e o rito.
Hoje, somos o ciclo da vida no planeta... Tu, meu filho,
sempre renasces com o inverno na eterna dança circular da vida,
Dança da vidaàs vezes, alguém te reconhece e te nomeia... Teus nomes já
foram muitos: Krishna, Buda, Mitra, Dionísio Adonis, todos
deuses solares do Solstício, todos gerados por minhas faces
virginais.
Sempre nascerás de mim, serás a criança da Promessa
Divina e crescerás correndo por minha face terra espalhando
suas sementes; serei a donzela de seu destino. Iremos nos unir
na primavera, e nossos frutos florescerão pelo planeta. Nosso
amor sustentará eternamente o mundo... Quando chegar a hora,
irás te entregar em grãos aos nossos filhos e irás te deixar cair em
meus braços, pois sentirás o fio de minha lamina a te ceifar. Teu
sacrifício será para que todos se nutram. Farei de teu túmulo
meu corpo, assim sentirás a terra se transformando em útero e
adormecerás novamente em meu ventre. De tua face, Senhor da
Morte, renascerás outra e outra vez, a cada inverno! Pois este é o
grande mistério que rege a vida, a eterna dança circular do amor.


Voltando a Jesus...

A data do nascimento de Jesus Cristo é e sempre será uma incógnita, à partir de 20, 22 ou 25 de dezembro eram as datas em que os pagãos celebravam sua festa de solstício de inverno, quando acontece a noite mais longa do ano pelo hemisfério Norte. O dia em que Jesus Cristo nasceu não consta na Bíblia, foi uma escolha da igreja 5 séculos depois, primeiro porque nas condições que são descritas seu nascimento, isso não aconteceria no inverno, ninguém sobreviveria. Tudo bem estamos falando de Jesus, mas ele era mortal assim como sua mãe, tanto que foi morto. Ele nasceu na primavera, a igreja mesmo confirma isso. e mais... Pense: Se o Calendário começa no seu nascimento pelo menos deveria ser no dia 1 de janeiro. ops!

Mas esclarecimentos à parte é Natal! Alguns pagãos mais sisudos dirão que não comemoram o Natal, que aqui no Brasil, hemisfério Sul, o solstício de inverno acontece em 21 de junho e que agora, não podemos de forma alguma comemorar o nascimento de qualquer Deus solar no auge da força solar, dirão mais, que Jesus não é um Deus solar!!! e estão certos, mas estão cometendo um grave e grande erro: Repetindo o passado! a intolerância e o preconceito!



Como já disse várias vezes;
Resgatar a antiga religião não é, de forma alguma, pregar
dogmas antigos e, muito menos, desconsiderar a evolução
espiritual de nosso planeta. Resgatar a antiga religião é retomar
o caminho de ligação ao Divino e, com certeza, isto inclui a
experiência espiritual adquirida pela humanidade ao longo dos séculos.
Não há como ignorar a sabedoria, o conhecimento e a
eficácia de outras religiões. Basta abrir as janelas para o Divino e
reconheceremos rituais ancestrais, onde mudam somente os
traços pessoais do artista que os transcreve em sua tela da vida. A
própria atividade mágica nos mostra, diariamente, a energia
espiritual de outras crenças, atuando ao nosso lado e interagindo
com nossa magia. Não considerar a união de experiências e os vários caminhos que levam ao Divino é repetir o erro do passado. Não precisamos combater outras religiões e nem queremos impor a
nossa, pois reconhecemos as várias faces de nossa Deusa.


Como dizer que é errado comemorar o Natal sendo que este foi copiado dos meus festejos ancestrais? Como ser contra simplesmente por intolerância? Dizer-se pagão e resgatar a Antiga Fé, sem ver a necessidade de esclarecer a todos a verdadeira origem do Natal!

Meu Deus Solar retorna em junho, porque sou pagã e moro no hemisfério Sul!!!

Mas Feliz Natal!
a todos aqueles que seguem o Sol!" - Texto de Luciana Machado.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Fora do Eixo e o Menino Mogli

Toda a vez que eu vejo alguém defendendo com unhas e dentes alguma coisa, seja esta uma teoria, filosofia, projetos ou afins, eu observo com um olhar mais atento, para entender o verdadeiro significado de tal voracidade. Há tempos, o tema principal nas " time lines" da cultura nacional é o Fora do Eixo. Hoje comecei a entender algumas coisas, após ver o vídeos do arrogante "Menino Mogli Caipira", Pablo Capille, presidente, ou melhor, líder do grupo Fora do Eixo, que na realidade não querem ficar fora da mamata. Acredito sim, que toda essa fumaça está sendo feita, contra as bandas e festivais comerciais, para não alarmar o governo, que nosso país não precisa aplicar nosso dinheiro nesse tipo de coisa. Pois eventos musicais comerciais andam, bem ou mal sozinhos, nosso país precisa sim aplicar o dinheiro que vai para os bolsos da cultura Fora do Eixo, em coisas mais importantes como saúde, alimentação e educação, e não me vejam dizer que a cultura é uma maneira de educar, não essa cultura que eles levantam a bandeira, esse dinheiro só tem financiando a vagabundagem de um grupo.

Clique e assista parte do vídeo e o comportamento desse cidadão.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Feliz aniversário.


Sinceramente, nunca entendi muito bem a comemoração da data de aniversário. Sempre questionei os motivos. Comemoramos o quê? O fato de ficarmos mais velhos ou passarmos por mais aquele ano ileso? Foram poucas as vezes que eu comemorei essa data de fato, com festa e tudo mais. Mas confesso que nos últimos anos acho legal esse negócio de receber mensagens pelas rede sociais. Aliás, encontrei uma maneira de ser mais sociável. Meu psiquiatra diz que existem várias pessoas assim e isso não é exclusividade do meu comportamento. Pois é. Sendo sincero, hoje comemoro o meu aniversário para receber parabéns pelas redes. Acho que é isso mesmo. É legal esperar as mensagens chegarem. A noite toda fiquei escutando o “pirulin-pirulin” do iPad tocando na sala. Divertido. Mas o café na cama... Ainda foi o melhor de tudo até agora. Obrigado pelo carinho.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pena, nossos "mendigos" não falam inglês...


Não existe a menor possibilidade de alguém falar que o projeto internacional “Playing For Change” é ruim. Muito pelo contrário, um belo projeto de inclusão social através da música, assim como vários que existem no Brasil, sem diferença alguma, a não ser quem consome esse tipo de iniciativa.
Mesmo? Sim, a impressão que temos quando uma cidade abre espaço para o projeto “gringo” é que os consumidores de cultura da nossa cidade possuem cabeça aberta e são adeptos a cultura de integração global e de inclusão. Mentira, balela e atitude para inglês ver. Claro que estou falando de uma maioria e não da totalidade. Eu duvido que mais de 10% das pessoas que foram ver os shows do “Playing for Change” no Brasil, pagassem ingresso para ver, por exemplo, o show dos Meninos da Lata, da organização Arte na Lata.
Mas qual a diferença? Pra mim nenhuma, eu de fato não iria em nenhum deles, mas o que realmente falta é um pouco de coerência nas coisas. Digo isso porque o grande motivo e exaltação ao projeto de fora é exatamente porque os músicos são pessoas carentes, com necessidades e tem a música de rua a única fonte para se manter através de doações. Igual aos projetos do Brasil, mas os nossos “mendigos” não falam inglês, e isso é muito importante para quem consome “cultura”. Pense. Reflita.
Para conhecer mais sobre os dois belos projetos clique:

Obs: Existem outros projetos tão importantes quanto o "Arte na Lata"no Brasil, usei esse exemplo apenas para ilustrar.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pague para ver um show, mas por lei você é obrigado a assistir dois.


Parei para escutar o depoimento do Lobão sobre o festival de música Lollapalloza. Gosto sempre das posições do Lobão, mesmo neste caso discordando de algumas coisas, mas como tudo, quando colocado de forma inteligente devemos ao menos escutar ou ler para refletir.
Primeiro que é utópico dizer que os produtores do país de shows e festivais de grande porte, estão preocupados com a cultura. Mentira. Nenhum deles está, sinceramente a relação que está em jogo é: atração x interesse do público x receita de bilheteria. Eles estão errados? Obvio que não. É um negócio e ninguém faz qualquer negociação para perder dinheiro. O erro é achar que esse eventos são feitos pensando romanticamente em cultura. As atrações nacionais muitas vezes são de fato para preencher espaço para dar algo mais para o público. Coisas do negócio, acredito que as bandas que estão começando entendem esses espaços como oportunidades.
Existe ainda a imposição de algumas leis. Pois é, somos um país democrático que ainda existem imposições à sociedade privada que normalmente geram custos sem contrapartida alguma. Essas leis que obrigam o produtor a colocar um artista local quando é feito um show internacional é um atentado ao dinheiro alheio e um desrespeito com o público. O público paga para ver um determinado artista, mas o governo determina que é necessário dar uma “oportunidade” aos artistas locais, isso sempre vai gerar um custo técnico, já que o artista principal não tem a mínima obrigação de dividir seu equipamento. Por esses motivos que muitas vezes o artista nacional é colocado em determinados horários. Pense. Reflita.

Segue o vídeo do Lobão:


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Existem mais dúvidas nos Ministérios do Brasil


Por uma questão profissional, não posso deixar nunca de observar as movimentações que a Cultura Nacional faz com o dinheiro público. Sempre disse que existe uma grande falta de coerência nos incentivos fiscais em prol da “cultura”. As Leis de Incentivo tornaram-se verbas fiscais dentro de muitas empresas, acabando com as verbas de marketing, além disso, muitas empresas privadas de produção cultural utilizam esses benefícios para ampliar suas receitas e não para facilitar os projetos. Ampliar? Sim, ampliar, pois além do incentivo legal manipulam orçamentos para ter as receitas de venda de ingresso dentro de seus cofres. Enfim, estou falando isso há horas, alguns deputados tanto federais quanto estaduais estão sabendo disso. Sempre dou um jeito das manifestações chegarem até eles.
De fato alguma coisa está mudando, mesmo que muito devagar, as denúncias vem  fazendo com que as garras ferozes de alguns produtores sejam aparadas, porém está surgindo na mesma forma e por outra via, alguns projetos estranhos. Antes dos projetos estranhos, existem alguns produtores que vem fazendo um belo trabalho independente e as claras, fazendo um excelente intercâmbio musical entre os estados e até entre os países da América do Sul, levando a música independente que muitas vezes está ainda muito longe de tocar nas grandes redes de rádio, à um público carente de coisas novas. Posso dar nomes a esses sérios produtores: Senhor F, com o “El Mapa de Todos”e suas “noites” em Porto Alegre e o Rei Magro com suas “maluquices” nas segundas. No mais, fica um tanto difícil achar outros. Em compensação está cada vez mais crescente produtoras privadas que estão sendo bancadas com o dinheiro público. Como? Não sabemos, elas surgem já surgem grandes e com sede em várias capitais do país. Como assim? E aquelas produtoras que estão ao longo do tempo batalhando um lugar no mercado? Passaram desapercebidas? Não acredito! Eu acredito sim é na maracutaia que como em tudo nesse país se faz presente, quando as verbas são públicas, por que não na cultura, já que é um assunto tão distante dos grandes interesses sociais? Fica mais fácil roubar, pois o destaque da grande imprensa, normalmente é na agricultura, na fazenda, nos transportes... Atenção senhores, muita atenção. Tem mais ladrão espalhados por outros Ministérios do Brasil.

Abaixo um excelente texto do Fernando Rosa:

Não centralizar a descentralização!

* Fernando Rosa

A crítica do China ao “Fora do Eixo” traz à tona um tema que fervilha nas rodas independentes nacionais. A bem da verdade, não se trata de um assunto tão atual assim, inclusive já objeto de textos anteriores e acalorados debates. O centro da questão é sempre, sintetizando, o “cachê” que não é, ou não seria pago, pelos produtores independentes, ou, no caso, os ligados ao FdE.

Isso é apenas a superfície do problema, que é muito mais amplo e profundo do que aparenta nesses debates travados via “posts” e comentários. Sou produtor, tenho selo, edito um portal, faço curadoria e não me acho capaz de ter uma “opinião formada sobre tudo”. Por isso, é difícil sentir-se à vontade de entrar no debate quando o tom é a crítica frontal, do “errado” e do “certo”, num tom reducionista.

Em primeiro lugar, é preciso entender que vivemos uma época contraditória, com mudanças de paradigmas de produção, distribuição e consumo de música. Isso provoca profundas mudanças estruturais no “sistema/mercado” e, em decorrência, a disputa de avaliação sobre a realidade, causas e conseqüências. Os defensores das estruturas em superação se apegam ao passado, os que advogam o novo saudavelmente chutam o balde.

O que acredito seja principal nesse momento é ter maturidade para enfrentar uma discussão aberta, franca, honesta sobre todas as questões. Sejam os produtores ligados ao FdE, a Abrafin, ou independentes de qualquer estrutura, todos foram responsáveis por impedir que a falência de um sistema sufocasse a produção musical nacional. É importante também destacar o papel do Estado que, nesse período recente, aliou-se aos “mais fracos” para fortalecer a construção de um novo cenário, e também de diversas casas de shows que abriram suas portas para as novas produções.

Abrir um debate desqualificado neste momento é desprezar o profundo acúmulo histórico que artistas, produtores e gestores públicos conquistaram nos últimos anos no país. Na esteira de festivais históricos como o Abril Pro Rock, Porão do Rock e Goiânia Noise, e facilitados pelas novas redes sociais, centenas de outros festivais e iniciativas culturais surgiram em todo o Brasil. Como somos um país gigantesco, as formas de organização, as diferenças regionais, os tipos de festival, as condições de produção, não podem seguir um padrão.

Nós realizamos um festival “exemplar”, como definiram a última edição, o El Mapa de Todos, com pagamento de cachês, passagens aéreas, hotel e alimentação, mas nem por isso acho que isso deva ser regra geral. Ao mesmo tempo, organizamos a Noite Senhor F, em Porto Alegre, na qual trabalhamos com participação na bilheteria, sem cachês fixos. No primeiro caso, fruto do nosso trabalho cultural e qualificação, um patrocínio sustenta a nossa ação, mas no dia-a-dia enfrentamos um cenário de “construção de público”, por diversas razões, resistente ao novo.

Não existe, portanto, nenhuma fórmula hegemônica, nenhum pensamento superior, capaz de pautar formas de organização, ou de determinar algum tipo de caminho para o movimento em curso. Ao contrário, as porteiras estão abertas para qualquer um buscar alternativas para a sua banda, seu festival, seu projeto coletivo ou particular. É preciso não centralizar a descentralização, apenas se colocar no jogo de forma honesta, sincera, sem truques mercadológicos ou disfarces ideológicos.

O “sonho pop americano” acabou, a internet promoveu uma revolução nas relações de produção em geral, inclusive da música, mas nem tudo está resolvido, ao contrário. Os artistas precisam circular, ter espaços para mostrar sua música, mas também precisamos construir formas de remuneração concreta para viabilizar as carreiras. Isso não se limita a cobrar “cachês” de quem quer seja, mas exige postura auto-gestionária dos artistas, democratização dos meios de comunicação e maior incentivo público à cultura, especialmente na formação de público.

A meu ver, para encerrar, além dos temas relacionados com a circulação e a remuneração, acredito que seria também interessante ampliar o debate para a qualidade da produção musical nacional. Muitos são os críticos ou defensores das “estruturas”, mas poucos questionam a qualidade estética e cultural do que se produz atualmente. O Brasil tem espaço para todos que buscam construir novas pontes ‘rumo ao futuro’, sem ranços ideológicos, discursos hegemonistas ou acomodação “artística”.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Está oficializada a extorsão. Detalhe: Pelo próprio governo.


Eu devo estar ficando louco. A primeira notícia que leio hoje pela manhã é que a Brigada Militar e a Prefeitura de Porto Alegre em uma grande idéia, merecedora de algum prêmio de criatividade vão autorizar flanelinhas credenciados à emitir recibo. E não estou entendo mais nada.
Mas além na matéria um oficial da Brigada declara que: “o recibo será mais útil para o motorista, que saberá quem está cuidando do carro.” Como assim, saber quem está cuidando do carro? Quem deve cuidar do carro é exatamente a corporação do oficial que deu essa declaração ou ainda a guarda municipal que só serve para cuidar de árvore e parquinho infantil! Ainda na matéria, está escrito que não é obrigado a dar dinheiro tampouco estipular algum valor. A pergunta próxima é: eu posso não dar nada e igualmente receber um recibo? Claro, assim posso saber de quem cobrar o meu carro arranhado. Certo?
Absurdo! Não existe nenhuma explicação que possa vir após as críticas que justifique este ato onde a extorsão é oficializada pelo próprio governo, além disso fica claro, após a declaração do militar, a transferência de responsabilidades. Pense. Reflita.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Cidade Baixa continua abandonada pelo Prefeito e Governador.


E o prefeito de Porto Alegre, continua não dando atenção devida à CIdade Baixa. Vamos partir do princípio que todos os locais de entretenimento da Cidade Baixa estão pagando seus impostos corretamente (acho difícil), além disso toda a população do bairro está com seu IPTU e demais taxas também em dia, temos assim uma bela arrecadação municipal. Porém, cada vez mais, esse lucrativo bairro está jogado e seus frequentadores, claro que uma minoria, fazem o que querem nas ruas, além disso muitos “empresários” também fazem o que acham certo. Será que todos os lugares têm saída de emergência, sistema de proteção contra incêndio, espaço externo para fumantes, banheiro e rampa de acesso para deficiente físico? Claro que não.
Voltando ao comportamento de algumas pessoas, as reclamações quanto ao cheiro de urina nas ruas é cada vez maior. Se não existe uma fiscalização, é necessário no mínimo uma limpeza mais eficaz todas as manhãs nos finais de semana. Mas nada disso acontece. Não precisa. Ainda não estamos em campanha, não é seu Fortunati? Alias, será que com boa vontade, não daria para fazer um acordo operacional com a Brigada Militar para colocar de fato os guardas municipais no trabalho? Eles seriam importantes, ao menos uma vez, em ajudar um patrulhamento monitorado pela força militar do Estado. Mas isso tudo é trabalho demais, deve cansar pegar um telefone e marcar uma reunião.
Mas para não ficar atacando o Prefeito Fino, vamos falar de segurança pública neste mesmo bairro. Pois é, ontem foi a vez do Pedrini na Venâncio Aires, qualquer dia uma dessas investidas vai acabar em morte. Acho estranho que a impressão que fica que o policiamento tem um horário paralelo e desconectado com o público que “consome” noite e madrugada. Pois é, é tudo muito difícil e complicado, ao menos quero acreditar. Mas é difícil. Pense. Reflita.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ufa! Ainda bem que apareceu a ciclovia para desviar a atenção!


Sinceramente eu não entendo algumas coisas na política. Que tudo faz parte de um jogo de interesse e como consequência eleitoral é obvio. Mas os destaques que as coisas recebem é diferente. Querem entender? Explico. O questionamento por parte do secretário Beto Albuquerque é legítimo, alias, todo cidadão tem esse direito de questionar qualquer obra e como ela está sendo feita, mas tão ou mais eleitoreira que os questionamentos, são as posturas dos governantes quanto à esses questionamentos. Iniciar uma obra de tamanha importância como essa ciclovia, em véspera de eleição, colocar palavras na boca dos adversários políticos, dirigindo a opinião sobre esta obra é muito mais do que uma manobra, diria que é um desespero e falta de conteúdo. Um prefeito que precisa de uma obra importante como uma ciclovia para mostrar sua bela administração nas vésperas da eleição mostra o quanto é fraco e está sentindo a pressão de uma pré-candidatura que vem do lado oposto e com vontade de passar por cima. Sempre pensei uma coisa quanto a reeleição: se o candidato a reeleição se preocupa com ataques e necessita da imprensa para dar explicações, além disso precisa em sinal de desespero ficar falando o tempo todo que são manobras eleitoreiras é porque ele de fato é muito ruim, como por exemplo nosso prefeito.
Minhas indagações são também aos fatos ocorridos que não recebem uma devida atenção. Quando José Fortunati em um discurso inflamado, digno à um candidato ao trono de Edir Macedo, em frente ao Palácio Piratini, disse que nossa cidade é de Cristo e passou a chave da cidade para seus fiéis, o destaque foi pequeno. Quando um secretário de seu governo transportou religiosos em um transporte da Prefeitura para fora da cidade para um evento religioso, o destaque foi pequeno. Mas afirmo, tudo isso além de eleitoreiro é um crime que fere a constituição, pois nosso Estado é Laico e deve agradar “Gregos e Troianos”. Interessante que uma vez, eu encaminhei um anteprojeto para o prefeito com o objetivo de ajudar resolver as questões dos despachos nas ruas, que acho horrível, mas é importante solucionar de uma forma à não ferir os cultos afros, não recebi sequer um “recebido”. Hoje fica claro o motivo, é melhor manter assim, pois a sociedade vai ficar contra as pessoas que sujam as ruas e se resolver o problema, os praticantes de cultos africanos passam desapercebidos e não são atacados.
Pois é, me parece que a o prefeito está preocupado. Acho que já está levando em consideração o fato de perder a eleição, mesmo estando no comando da máquina. Talvez esse esteja sendo o espelho mostrando à seus olhos como ele é fraco administrativamente. Mais uma vez comento: Em vésperas de Copa do Mundo, precisar de uma polêmica em torno de uma ciclovia? Faça-me um favor! 
Pense. Reflita.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dadeus Grings, um representante da Inquisição tenta agredir a sociedade


Bem feito. O velho comportamento medieval da Igreja Católica sempre tentando desafiar a inteligência humana. Desta fez o cidadão Dadeus Grings, após se meter em uma ação administrativa de uma prefeitura do  interior de São Paulo, agrediu moralmente uma das partes. Foi processado e perdeu. Até aí tudo certo, até porque ele é apenas um cidadão comum como todos nós. De carne e osso.
Após a sentença ele fez declarações bombásticas, dignas de um intocável representante de deus na terra. Dirigindo ao judiciário declarações fortes, afirmando que de dentro do sistema judiciário partem as grandes corrupções da Nação. Eu como cidadão quero que esse inquisitor pós-moderno seja processado mais uma vez, principalmente pelo comportamento arrogante de suas manifestações públicas. Esse senhor tem a obrigação de entender que o meu país é laico e não tem que se dobrar as tentativas de ataque de nenhuma religião, muito menos da religião que mais matou no mundo até hoje. Falta de respeito, um sem moral qualificado pelo seu conteúdo intelectual deveria ao menos saber dobrar sua crista diante do Poder Judiciário do país.
A Ordem dos Advogados do Brasil, juntamente com outras associações ligadas a esse poder deveria impetrar mais uma ação contra esse cidadão que é o arcebispo de Porto Alegre.
Pense. Reflita.

Para entender mais clique aqui

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Porto Alegre: Eu curto, mas "ela" não cuida do meu bolso


Toda vez que algum governo lança uma campanha eu fico atento e me pergunto qual o objetivo da mesma, se educar, se promover ou arrecadar. Normalmente fica sempre na última opção. Obviamente que em Porto Alegre não seria diferente. Várias são as campanhas, claro que todas, em um primeiro momento preocupadas com a cidade e com o bem-estar de seus moradores. Sim, também são.
A primeira que me lembro é a da faixa de segurança, foi ótima, para gastar dinheiro com publicidade e tinta para pintar algumas ruas. Nossas faixas de segurança são próximas demais das esquinas, os carros que param bruscamente correm o risco de causar acidentes. As pessoas que levantam a mão e atravessam correm o risco de serem atropeladas, tudo por uma campanha politicamente correta. O pior não é isso, o pior na realidade está na EPTC, que teria como objetivo de educar, mas o bom mesmo é punir. Bom para os cofres municipais. Um amigo da imprensa conta uma historia que aconteceu com ele dia desses, foi parado em um blitz e foi comunicado que seria multado, pois sua sinaleira traseira estava queimada. Qual pessoa nesse mundo que olha a sinaleira do carro diariamente antes de sair de casa? Não existe, é utopia. O correto seria notificar e dar um prazo para pessoa ir até algum local para mostrar que foi feita a manutenção. Educar e não multar. Nessa mesma linha surgiram os “containers” de lixo. Qual preparação a cidade teve para receber esse equipamento? Talvez alguns dias, no máximo. Será que o objetivo não era exatamente o que aconteceu semana passada? Sabem o que aconteceu? As pessoas por não receberem a “educação” correta estão usando de forma incorreta os coletores de lixo. Solução imediata: multa.
Para finalizar temos a polêmica da proibição de fumar em ambientes públicos. Em uma ação digna de 1964 fica proibido fumar em ambientes públicos, sem considerar o fato que as pessoas também tem o direito de fumar. Claro que não possuem o direito de fazer outras pessoas fumarem passivamente, mas o seu direito de fumar deve ser garantido e ter um espaço reservado para isso. Até aqui tudo certo, porém alguns locais na Cidade Baixa por não investirem em espaços, utilizam o passeio público como suas áreas externas, delimitando lotes nas áreas públicas em posse digna do MST. Essas pessoas largam sujeira no chão e ocupam vagas de automoveis, além de pouparem o dinheiro dos “empresários”. Os que fazem o correto, recebem fiscalizações que são legítimas caças para multar o empresário correto. Pense. Reflita.

Eu não gostaria que o Lula se tratasse pelo SUS


Há aproximadamente 20 anos eu fiz uma promessa que nunca mais votaria no PT para qualquer cargo. Tive na época uma grande decepção com este partido que agora não vem ao caso. Por obvio não votei no Lula, mas não posso dizer que ele foi um péssimo presidente. Estou levantando isso porque os vários depoimentos sobre a saúde do ex-presidente estão beirando a insanidade.
Após o diagnóstico de câncer, penso que toda a pessoa no mundo com um pouco de equilíbrio mental deveria apoiar ele e qualquer outro cidadão no tratamento e na luta contra a doença, não podemos esquecer que ele trabalhou, ganhou seu salário, guardou e por consequência pode se tratar onde seu dinheiro pagar. As afirmações que deveria se tratar no SUS, para passar por um possível sofrimento é ridícula. As coisas não são assim.
Vamos considerar que ele fosse fazer um tratamento pelo SUS. Quanta ingenuidade em pensar que receberia o mesmo tratamento que os demais cidadãos. Pensar assim é no mínimo acreditar em fantasias infantis. A única coisa que de fato iria acontecer, seria ele pular na frente de várias pessoas, tirar o lugar de alguém que de fato precisa de um tratamento público, tendo além disso, seus cuidados redobrados por ser a pessoa da importância que é.
Criticar é muito bom, mas as colocações devem ter um mínimo de coerência e maturidade. Pense. Reflita.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Prefeitura de Porto Alegre: R$ 7 milhões em roupa. É isso mesmo?


Existem algumas realidades que devem ser analisadas quando um tema é polêmico. A prefeitura de Porto Alegre pretende investir R$ 7 milhões em uniforme escolar para toda a rede municipal de ensino. Sinceramente eu sou contra e digo o motivo. Conversei com algumas pessoas que colocaram um ponto de vista bastante real e até emocionante. Nas classes sociais mais baixas, o uniforme para os alunos, significa uma inclusão social, padronizando todos, com isso o estudante não se sente menosprezado, pois muitas vezes não possuem sequer um sapato para ir à escola. Pode parecer um fato simples, porém com vergonha, o aluno deixa inclusive de se manifestar em sala de aula, pois a sombra de se sentir inferior em relação ao colega, faz com que ele se mantenha isolado. Outras tantas vezes pode significar a única roupa nova que ele vai ter no ano. Certo. Essa é uma questão importante de inclusão.
A pessoa que me fez enxergar isso, narrou algumas situações da década de 80, período que os alunos baixavam a cabeça quando um professor falava. Neste tempo o respeito para com o mestre era indiscutível. O que um professor falava era lei, inclusive o uso de uniformes. Hoje nossa realidade é completamente diferente. Vivemos em uma sociedade que é bonito desrespeitar regras e normas, principalmente quando falamos de professores. Esses profissionais estão cada vez mais despreparados e os alunos cada vez mais protegidos pelas novas psicologias que não permitem mais o bom e velho castigo voltado para parede atrás da porta. A falta deste tipo de educação permite que esses jovens não apenas desrespeitem os mestres, mas em alguns casos os agridam. Agora sinceramente, sabemos de tudo que vem acontecendo dentro das escolas: Violência, tráfico, relações sexuais abusivas e outras coisas aterrorizantes, não vejo ninguém que tenha pulso para cobrar de um aluno que esteja sem uniforme, ou ainda que não vai entrar na escola! Logo, vai aparecer um estudioso da questão e dizer que essa criança está sendo agredida psicologicamente ou então o próprio aluno vai resolver da forma que achar melhor, logo temos alguns milhões de reais jogados pela janela.
Não podemos desconsiderar o grupo de alunos que citei acima, os que realmente precisam. Mas quem são estes alunos? Quantos são? Esse valor não poderia baixar e investir o restante em qualificação profissional? Pense. Reflita.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O prefeito apoia Leis camufladas para atender suas crenças


Por mais que esse texto possa parecer ser sobre religião, afirmo que não é! Quero escrever sobre manipulação da sociedade através de leis e comportamentos. Dias desses escrevi um artigo onde aponto o prefeito de Porto Alegre, fazendo um inflamado discurso e entregando a “chave”da cidade para Jesus. Péssimo. A chave da cidade de um Estado Laico deve ser entregue para Jesus, Oxalá, Buda, Ganesha, Jeová, Maomé ou para qualquer deus de qualquer religião mesmo que seja de apenas 1 pessoa da sociedade. O Estado Laico é livre de uma única crença e permite liberdade religiosa à todos.
Dentro do tema Estado Laico e Liberdade Religiosa, está na nossa constituição que “A Constituição Federal, no artigo 5º, VI, estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias.”. Quando existe referência as “suas liturgias”, está claro, que os mais diversos rituais estão protegidos, obviamente, desde que não ultrapasse o aspecto racional. Vamos mais além, algumas religiões sacrificam animais em oferta para seus deuses e alimento para seus corpos. Vejam bem, alimento para os seus corpos. Desde um passado distante, as religiões pagãs no Velho Mundo, sacrificavam animais para comer, aproveitavam o sangue para ofertar aos deuses e as peles para fazer vestimentas. Enfim, isso é um fato histórico apenas para relatar que nada de absurdo existe até aqui. Nada além de que o homem é carnívoro. Nada foge da normalidade e necessidade.
Porém, está sendo levantada mais uma vez a questão de Proteção aos Animais. Perfeito, devemos cuidar dos nossos cães, gatos e qualquer outro tipo de animal doméstico. Mas a questão não pára aí e o objetivo é atacar as religiões que sacrificam aves, caprinos e ovinos, dentro de suas liturgias ritualisticas. Animais esses que são utilizados também como alimento e por muitas vezes suas carnes são doadas à instituições de caridade. Alias, posso garantir que na maioria das vezes é doado para alimentar crianças carentes. Mas ao invés de fazer um Projeto de Lei, para arrecadar esses alimentos nas casas de religião, a parcialidade religiosa de nosso prefeito, prefere valorizar a Lei de Proteção aos animais que tem como objetivo acabar com o sacrificio de animias nas religiões africanas. Falo isso, pois uma vez encaminhei um (pré) projeto, conectando vários setores da prefeitura para ajustar essa questão e trazer um beneficio para sociedade. Como fui ingênuo!
Nosso prefeito que defende tanto os animais, ainda não resolveu o problema que está na foto. Pense. Reflita.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Pelo visto nosso prefeito estava muito preocupado com nossa cidade hoje a tarde!


Desde o início das redes sociais, vários temas são debatidos, dentre eles o tópico "responsabilidade" está no topo da lista. Hoje o caos mais uma vez tomou conta de Porto Alegre. Como todos sabem, nossa cidade alaga em vários pontos, causando um enorme transtorno no trânsito, dificultando a vida de todos, desde motoristas particulares até usuários de transporte coletivo.
Em uma atitude completamente de indiferença com o que estava acontecendo, nosso prefeito José Fortunati, estava preocupado com o Congresso da Rede Metrópolis e pelo que entendi estava acontecendo na Torre da Claro no morro Santa Teresa, esse evento desviou por total a atenção de nosso prefeito que começou a “tuitar” fotos e fazer colocações poéticas sobre a cidade que estava submersa na água! Parece que o “tuite” foi apagado de sua “Time line”. Porém eu gravei.




Eu escrevo sobre isso!: A Cultura administrada como está sendo, nunca vai ...

Eu escrevo sobre isso!: A Cultura administrada como está sendo, nunca vai ...: Há tempos tenho vontade de expressar uma opinião sobre um assunto que realmente me incomoda e não vejo sentido algum da maneira que é fei...

A Cultura administrada como está sendo, nunca vai ser importante


Há tempos tenho vontade de expressar uma opinião sobre um assunto que realmente  me incomoda e não vejo sentido algum da maneira que é feita. Muitas vezes, alias na maioria das vezes os cargos administrativos e executivos do Estado são políticos e não técnicos. Vou ficar preso apenas na minha área profissional, justamente para não me meter onde não devo. Antes de mais nada, deixo claro que não tenho nada pessoal absolutamente com nenhum Secretário tanto na esfera municipal quanto estadual e o mesmo com Ministro de Estado.
Não acredito que o Estado deva apenas proporcionar de maneira gratuita cultura para o povo, mas também facilitar aos investidores do setor, não apenas de forma financeira, mas com formação profissional e recursos técnicos. Os músicos, escritores, atores e demais artistas são geradores de cultura, logo são fonte de cultura e não possuem necessariamente o conhecimento específico para promover a sua e demais culturas para a sociedade. Essa função está diretamente relacionada ao promotor de eventos e produtor cultural, empresários que com conhecimento técnico e administrativo elaboram eventos dos mais variados formatos e tamanho.
Quando falo que não tenho nada pessoal com ninguém é por que a minha crítica está exatamente nesse tema, as cadeiras do poder, relacionadas a cultura não podem ser de geradores de cultura e sim de promotores de cultura. No modelo atual, podemos voltar até um passado distante e vamos enxergar pessoas ocupando esses cargos que nada entendem de grandes projetos de produção cultural, obvio que não estou falando de suas capacidades criativas, mas sim questionando a experiência nos mais variados tipos de eventos culturais. Ser escritor, ser músico ou fazer qualquer outro tipo de arte, não credencia a pessoa a ser um administrador e executivo de cultura. Esse modelo é péssimo. Isso é mais ou menos colocar uma pessoa que viajou muito durante sua vida como Secretário do Turismo.
Sinceramente, como as coisas estão, a cultura em nosso País, Estado e  Município, nunca vai passar de “Amostras” e jamais vai ser um “Grande acontecimento.” Pense. Reflita.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Copa do Mundo: O Brasil realmente precisa de uma?


Sinceramente acredito que a cada dia a incoerência em algumas situações aumenta. Falando nisso o tema "copa do mundo" está fervendo. Se fosse apenas um investimento privado, seria perfeito, cada um faz o que acredita ser melhor com seus recursos financeiros, porém a realidade da maioria dos investimentos para a realização do campeonato aqui no Brasil não é essa.
Olhando apenas para a situação de Porto Alegre, podemos ter em menor escala o que está acontecendo em todo o Brasil. Qualquer um dos estádios que podem estar envolvidos por aqui possuem recursos privados, até aí tudo certo, mas as coisas não são bem assim. A contrapartida da cidade deve ser uma infra-estrutura muito melhor e as movimentações urbanas apontam para isso, mas o ponto e a pergunta que fica é: mas essa é a prioridade da sociedade?
Nós precisamos arrumar nossas ruas ou ampliar os acessos para o estádio? Nós precisamos melhorias no transporte público ou adesivar ônibus? Nós precisamos melhorar a iluminação publica ou decorar a orla do Guaíba? Nós precisamos educar no transito ou arrecadar multas? Seriam infinitas perguntas que sempre iriam exaltar a falta de coerência explicita em prol de meia dúzia de partidas de futebol. Enquanto isso, os ambulantes continuam vendendo bebidas alcoólicas para menores em frente aos eventos noturnos e ninguém faz nada, a Smic se move com lentidão de uma tartaruga, mas as casas e locais maiores são fiscalizados a todo instante, claro isso dá mídia! Existe um trecho na Avenida Goethe entre a 24 de Outubro e a passarela do Parcão que está no escuro há no mínimo 15 dias, as pessoas ficam na parada de ônibus com um nítida angustia! Alguns bares da Joao Alfredo ainda utilizam o meio fio da calçada como área isolada de seus clientes fumantes, ocupando vagas de automóveis e não fazendo os investimentos necessários! Enquanto isso, bares na cidade são travestidos de albergue, além de muitas vezes utilizar mão de obra estrangeira para atender clientes, além disso tem o caos da saúde pública municipal. Isso são exemplos soltos em todas as esferas da sociedade que precisam de algum recurso para ampliar fiscalização e até mesmo o atendimento necessário.
Penso que a culpa disso tudo não é apenas dos governantes. Isso é mais ou menos que oferecer doce para criança obesa. É obvio que a criança vai aceitar o doce, a culpa é da oferta! Sinceramente eu acredito que se a FIFA fosse uma instituição séria, não faria Copa do Mundo, incluindo todas as suas exigências, em países com problemas de saúde pública, com problemas de educação, com problemas de fome e problemas de corrupção. Obvio que a Copa do Mundo vai acontecer, mas as cabeças pensantes de nosso país não podem deixar passar isso tudo sem refletir. Reflita!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Infelizmente, o Ministro já pode ter sido condenado.


Não tem muito o que fazer ou pensar. Mediante denúncias de desvio de dinheiro público a condenação e o afastamento do cargo são as medidas cabíveis. Mas, todos nós somos inteligentes o suficiente para entender que também podem existir interesses além dos políticos e socias, principalmente no Ministério dos Esportes em tempos de Copa do Mundo. Quanto deve ser esse orçamento?
Obvio que se o Ministro Orlando Silva estiver envolvido em um centavo sequer em algum desvio, deve ser condenado e preso (sonho), mas as denúncias podem ser levianas proveniente de algum grupo político de olho nesse “cofre”. Alguém já levantou essa questão?
O que é inaceitável é a condenação ter sido feita antes da comprovação dos fatos. Mas na política é assim e acredito que a condenação judicial não faz mais diferença ou sequer tenha a mínima importância para os adversários políticos do Ministro, pois qualquer que seja o resultado, mesmo a falta de fatos e provas, a opinião pública (e não "de público") que não entende das estratégias sujas da política, já sentenciou com a ignorância que um assunto tão complexo pode alimentar. 
A velha e boa corrida para onde estão as grandes verbas do governo. Sem mais.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Brasil e as Leis estúpidas. Episódio: Vinho.


Algumas leis são feitas sem envolver de fato todas as partes envolvidas. A mais nova normatização do governo vai prejudicar os comerciantes de vinhos importados em todo Brasil. Existem alguns vinhos que são comprados pelo importador e entram no seu auge de consumo vários anos depois. Ficam armazenados nas lojas como jóias da vinicultura. Não é nada difícil entrar em qualquer loja especializada no assunto e encontrar vários vinhos com safras antigas e por obvio preços compatíveis com a data longínqua. 
A partir da virada do ano, todos os vinhos importados no Brasil deverão ter um selo conforme especificações do governo, como aqueles selos que já encontramos em garrafas de uísque. Sinceramente, não vejo nenhum problema para as novas importações, porém a lei diz que nenhum vinho poderá ser comercializado sem esse selo. Como ficarão as várias caixas estocadas?
Cabe salientar que o carro chefe de venda das lojas de vinho são vinhos mais simples como as linhas de entrada de vinícolas conhecidas. Para exemplificar, temos Concha y Toro, Santa Helena, Trapiche e seus vinhos mais comuns como “Reservados” e Casillero del Diablo, ou seja, vinhos com alta rotatividade dentro das lojas, esses vinhos não vão trazer problema ao lojista. O problema passa a ser com os vinhos acima da faixa dos R$ 100,00 que normalmente são vinho que levam mais tempo para vender por serem apreciados por conhecedores, que são uma fatia consideravelmente menor aos iniciados que ainda estão nos vinhos básicos.
A questão é saber o que os lojistas e importadores vão fazer com esses vinhos que podem variar de R$ 100,00 até R$ 15.000,00 se não poderem vender sem o selo de importação? Acredito que se essa lei não tiver uma solução lógica para esses vinhos já “internados” legalmente no país, estarão escancarando mais portas para o “jeitinho” (escroto) brasileiro. Talvez tenhamos uma “carta B” com produtos um dia legalizados e hoje por estupidez não mais.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

E a segurança na Cidade Baixa? Piada pronta!


Cada dia que passa o descaso e o modo amador que está sendo tratada a segurança pública na Cidade Baixa está me surpreende. Após alguns assaltos em estabelecimentos do bairro escuto a trágica entrevista do sub-comandante do 9BPM que dentre tantas pérolas, diz que não vê audácia no delito em si.
Sinceramente eu não sei em que mundo o militar em questão está vivendo, principalmente quando ele diz que existe bastante policiamento na rota dos “barzinhos”. Eu que pensava que o nosso grande problema na Segurança Pública estava apenas na época do nosso “Mrs. Detran” José Otávio Germano, mas me enganei, acredito que o Bisol deixou um herdeiro...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

E a "Lei" da meia entrada? Como é afinal?


Nós humanos temos uma característica por vezes não muito civilizada de tirar as pessoas para “cristo”, sem saber de fato os caminho ou por onde as coisas andam saímos falando o que legitimamente é válido e por outras tantas vezes correto, porém em um momento não apropriado.
Quando saiu esta semana a aprovação do Estatuto da Juventude, onde está inserido a meia entrada para estudantes. De imediato liguei para a relatora do projeto, a Deputada Federal Manuela D’Ávila para saber de fato o que está acontecendo. Recebi a explicação que a lei foi aprovada, ou seja, aponta o direito do adolescente, agora entra em processo de regulamentação, que mostra como deve ser aplicada a lei, com benefício para todos os lados. Quando falo todos os lados, um deles é o do promotor de eventos que nunca paga meio valor em nada, inclusive nos impostos, tudo é sempre 100%. Fiz esse questionamento para a Deputada e ainda, questionando por que eu devo dar desconto para idoso, desconto para estudante, desconto e desconto se a empresa é 100% capital privado? De pronto ela respondeu que nesse momento entravam os promotores para o debate da regulamentação da lei. Entendi.
Antes de continuar, gostaria de “colar” aqui, um e-mail que disparei em 2008, sobre Leis de Incentivo a Cultura:
“Crise na Cultura
Demorou mas veio à tona.  Sempre fomos contra a grande maioria dos projetos da LIC, principalmente aos que traziam cultura incentivada ao publico gaúcho com cobrança de ingressos que ultrapassavam a faixa de preço dos R$ 100,00.
Ora, trabalhamos com isso há mais de 20 anos e sabemos, de antemão, sem necessidade de orçar item por item, quanto custa um evento e quanto deve ser cobrado de ingresso para atingir o lucro desejado. Por esta razão, podemos afirmar categoricamente, que não existe, hoje, nenhum show nacional que tenha ingressos ao valor médio de R$ 100,00 e necessite de incentivo fiscal. Isto quer dizer que na verdade o incentivo está pagando o risco da produtora e o ingresso passa a ser o seu lucro de 100% !
Projetos incentivados devem ser, salvo algumas  exceções, totalmente gratuitos, com o objetivo de levar lazer e entretenimento a todos. Quais são as exceções? As exceções devem ser àqueles projetos que apresentam alto risco financeiro e que possuam um apelo cultural histórico e fundamentado. Com certeza não estou falando aqui de shows de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ivete Sangalo, ou qualquer outro artista que tenha grande potencial de venda de ingresso.
A cultura deve ser incentivada para projetos que contemplem espetáculos com artistas pouco conhecidos do público do sul e cuja divulgação seja dispendiosa ou de efetivo risco aos seus produtores.
Quem faria por conta própria, assumindo todos os riscos, em anos passados o show do “Cordel do Fogo Encantado”, ou traria as manifestações artísticas do manguebeat de Chico Science, sem ter certeza de lucro? Sim, projetos como esses poderia estar contemplados por incentivos fiscais e nunca estiveram.
O incentivo deve consistir em levar a nossa cultura, regional ou até brasileira, para fora do país, mostrar o que é nosso aos outros, isso sim com o dinheiro que empresas privadas deixariam de pagar aos cofres públicos e colocariam em cofres de produtoras privadas com o objetivo de propagar a cultura desconhecida do país do samba.
Além disso, as falhas no planejamento da lei, permitem a alteração de atrações, sem precisar refazer o projeto. Isso abre portas para possíveis corrupções. É feito um projeto com base em dados de determinado evento/artista, após aprovado pode-se alterar a atração.
O que o cidadão comum não sabe, tampouco tem obrigação de saber, é que uma produção possui diferenças gigantescas de necessidades técnicas entre artistas de um mesmo padrão. Aqui está um dado importante: a necessidade que pode custar R$ 1.000,00 para um artista, pode custar R$ 10.000,00 para fazer o evento de outro artista de mesmo porte e reconhecimento. Como pode então num projeto ser alterado somente a atração, sem ser refeito o projeto na sua totalidade?
O que tenho a dizer é que isso, ainda, é apenas o início. Se houver força de vontade e os veículos de comunicação de nosso Estado ajudarem, muitas respostas para questionamentos como: perpetuações em cargos públicos de cultura, processos de licitações não tão claros assim e porque umas produtoras tem percentualmente mais projetos aprovados que outras, vão aparecer!”
Na época, esse e-mail correu a imprensa, foi noticiado e tudo mais. Pouca coisa foi feita. O texto foi limitado à LIC Estadual, porém sem dúvidas ele deve ser estendido para a Lei Federal. Resgatei esse e-mail, pois foi por aí que a conversa com a Deputada desenrolou.
Acredito que nenhum legislador quer fazer uma Lei para ser burlada, o que seria fácil com uma Lei dessas, mas quem pagaria a diferença seria o público que não recebe o benefício do desconto, já que um ingresso que custaria normalmente R$ 100,00 seria vendido de forma “inteira” por R$ 200,00, o que não seria justo com a Lei e com o público em geral, alias o que acontece em São Paulo e Rio de Janeiro há anos.
Então acredito que o caminho seja pelo verdadeiro incentivo à cultura, ou seja, um percentual da carga total de ingresso seja destinado aos descontos para estudantes e idosos, porém o desconto dado pelo promotor privado seria revertido em uma espécie de carta de crédito para incentivo cultural junto as verbas de marketing das empresas. Como fazer isso? Bom, aí acredito que os tantos deputados devem escutar quem de fato trabalha com isso e encontrarmos juntos um caminho sensato e real.
Pense nisso. Reflita. Opinie. Compartilhe.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

No Brasil é assim: se você tem dinheiro pode até matar.


 Cada dia que passa fica mais claro que a legislação brasileira está pecando moralmente e muito. A lei é pra todos, porém deve ser explicado que é pra todos que tem dinheiro (ponto e virgula) e pra todos que não tem dinheiro, separando assim os cidadãos no país. 
Quando um cidadão comum atropela e mata outra pessoa, vai preso, porém se tiver dinheiro pode ser solto. Aí está a questão moral, o dinheiro é diferença entre ser um marginal ou não ser um marginal. Felipe de Lorena Infante Arenzon, filho de um vereador da cidade de Embu das Artes, interior de São Paulo, fez um grande estrago com seu Camaro, atropelou um série de pessoas, foi preso e pagou R$ 245.000,00 e está livre. Eu juro que meu intelecto não tem alcance para tamanha vantagem legal. 
No Brasil é assim, se tiver dinheiro, você pode matar inocentes sem preocupação alguma, pois vai responder em liberdade.

Morre o deus pagão da tecnologia. Steve Jobs.


As religiões pagãs que tiveram origem na Europa, portanto no hemisfério norte, estão comemorando, a Morte e o Renascimento, ritual que ocorre 40 dias após o Equinócio de Outono. Samhain é conhecido, resumidamente como a morte do Deus.
Mas por que estou falando de um deuses pagãos? Simples. Ontem morreu Steve Jobs, coincidentemente nos festejos pagãos do norte. Acredito que o fato ocorrido neste período em específico foi apenas para confirmar a tese que Steve Jobs era sim um deus. O deus contemporâneo da tecnologia. Morreu e renasceu. Nasceu um legado para incontáveis gerações.
Rest in peace, Jobs!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

A soberba do idiota


Como existem aquelas pessoas que não fazem mas desfazem. Normalmente essas pessoas acreditam estarem sobre o bem e o mal, suas posições são as corretas e as opiniões alheias nunca são importantes. Qualquer coisa que seja feito fora do que ele tem como importante ou verdade não é válido. As coisas não elaboradas ou idealizadas por elas merece desprezo. O deboche é o único argumento que pode existir, ou não que seja o único, mas o que faz “par” com um bom e velho: “isso é bobagem”, claro que sempre seguido por um sorriso escroto.
Por termos pessoas com esse comportamento junto ao nosso convívio que por muitas vezes ficamos na inércia e uma espécie de “ostracismo” social. Estou escrevendo isso, nem sei bem o porquê, mas não custa olhar para o lado e analisar com quem você está.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

EPTC - Os mercenários do trânsito de Porto Alegre


Cada dia que passa menos dúvidas tenho que a EPTC poderia ganhar o título de “Empresa Carrasca”, já que seu papel de educar e organizar o trânsito está esquecido. Existe um trecho na Avenida Diário de Notícias, especificamente entre o trevo de acesso ao Jockey Clube e o trevo de conexão com a Avenida Guaíba que é de aproximadamente 500 metros, onde não existe sequer faixa de segurança, pois ali não existe circulação de pedestres atravessando a rua. Claro que o limite de velocidade na cidade é de 60 km/ h, porém não vamos ser hipócritas, e dizer que em um trecho como este não se passa do limite permitido. Asfalto novo (coisa rara na cidade), linha reta e vazio de pedestres.
Onde a EPTC resolveu estacionar seu “papa multa”? Exatamente nesse lugar. As vezes ficam o dia inteiro ali, chegam e ficar sentado em uma cadeira e viram a máquina contra o fluxo, conforme o horário do movimento. Querem educar? Por que não colocam algum obstáculo que não permita velocidade alta? Nunca isso não daria lucro.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Prefeito, nem todos acreditam em Cristo, respeite os demais cidadãos de sua cidade

O prefeito é legalmente o representante máximo de uma cidade. Quando a cidade em questão está inserida em um Estado Laico, por obvio esta cidade também deve ter a mesma Liberdade Religiosa do restante do país. Em um Estado Laico, não existe uma religião oficial, logo não pode existir manifestações religiosas públicas por parte do Poder Executivo, principalmente em nome da cidade onde habitam várias e livres religiões.
Infelizmente, algumas religiões são preconceituosas para com outras religiões, seja contra seus rituais ou contra suas crenças fundamentais. No Brasil, cada dia que passa, pequenas “chamas” alimentam uma guerra religiosa silenciosa. Para isso, basta analisar de maneira superficial, os movimentos evangélicos quebrando terreiros de Umbanda, assim como casas de cultos africanistas sendo fechadas por vários motivos sem as devidas explicações. Além disso algumas manipulações políticas contra os cultos africanos, fantasiados de Leis de Proteção aos Animais. É claro o preconceito religioso que religiões pagãs fiéis aos mais diversos panteões e cultos sofrem por parte, principalmente dos evangélicos e pentecostais com sua "ira" em nome de deus.
Voltando ao prefeito, não posso admitir de maneira alguma o discurso que o prefeito de Porto Alegre José Fortunati, fez de maneira inflamada em um palanque no dia da Marcha por Jesus Cristo. Obviamente que a manifestação de fé do povo é legítima e merece palmas. Devem sim caminhar pelas ruas evocando seus deuses ou deus, é claro que o o prefeito como cidadão pode caminhar junto aos fiéis, mas subir em um palco e louvar o “senhor” em nome da minha cidade não! Em hipótese alguma! Sou porto-alegrense, não sou cristão e fiquei bastante ofendido.
Vejam o vídeo:




quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mais uma lei com alguns furos


Não existe possibilidade alguma de ser a favor da venda e consumo de bebidas alcoólicas por menores de idade. As leis estão corretas por uma série de questões, dentre elas questões de saúde e sociais. Está surgindo uma ação dos governos para combater a venda e o consumo de bebidas com álcool para menores. As penalidades vão aumentar, tendo previsto no projeto cursos educacionais e até uma possível cassação de alvará. Até aí tudo bem. Mas não posso iniciar alguns questionamentos básicos. Li algumas matérias na imprensa sobre a Lei ou o projeto de Lei e até agora não entendi como vão combater os vendedores de rua.
Os menores de idade não são proibidos de frequentar casas noturnas para assistir shows e espetáculos, e até mesmo não é proibido frequentar as “baladas”, é proibido consumo de bebida alcoólica. Até aí tudo bem. Mas nossa fiscalização é muito precária e o consumo de álcool acontece nas ruas, muitas vezes em frente aos locais onde posteriormente os jovens vão entrar e se divertir. Por saberem que não vão conseguir consumir álcool dentro do estabelecimento, se “abastecem” até chegar a embriaguez. O quadro está montado. Querem ver? Sim. Imaginem que o local está obedecendo todas as normas e compactuando com a Lei. Recebe uma fiscalização que encontra dentro do estabelecimento esse e outros exemplos de jovens que se embriagaram na rua, pois não existe um fiscalização em cima daquele vendedor que não paga imposto e nessa nova circunstância começa a trazer problemas sérios àquele que está estabelecido de forma correta. 
Tudo isso pra dizer que mais uma vez está se montando uma ótima lei, porém como outras tantas com vários furos de falta de planejamento. A lei deve ser educacional para sociedade como um todo, não apenas para o consumo de álcool, mas também aos que comercializam sem impostos. Para um projeto desse porte funcionar é necessário ampliar a área de atuação para evitar furos e estender um pouco mais o debate para de fato resolver a questão.