Estou percebendo a eleição do Marco Feliciano como um processo natural das tantas coisas que vem ocorrendo de forma silenciosa no Brasil. Não sei se fico triste ou feliz com essa mídia toda. Triste por não terem se manifestado antes, feliz por entender que nunca é tarde para acordar. Ou é?
Há anos venho falando, ao menos tentando alertar a repressão que vem sofrendo as religiões de matriz africana em nosso país por parte dos raivosos evangélicos. São terreiros invadidos e quebrados, leis elaboradas de maneira que o verdadeiro objetivo é atacar um grupo religioso específico, opinião pública manipulada de maneira a entender que um básico ritual milenar das religião africana é mau trato aos animais e o mais preocupante de tudo, uma bancada de vereadores, deputados estaduais e federais evangélica que só cresce, logo os partidos não terão mais força e sim a bancada evangélica. É assustadora a estratégia que os “pastores” estão montando para ser maioria nos governos. Não vou me recordar os números agora, mas nas últimas eleições o número de candidatos declarados evangélicos, ou seja, utilizando o nome de um certo “Jesus” era algo de 100 para 1 candidato declarado afro-religioso.
O medo que a população está sentindo somente agora, já é uma verdade e constante realidade de luta de várias outras classes perseguidas pelos “crentes”. Cuidado, uma guerra religiosa está se armando debaixo de nossos narizes.